We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Morte Absoluta

by Poetisa Dissecada

/
  • Streaming + Download

    Purchasable with gift card

     

1.
2.
O MORTO ALEGRE Morto - Morto - Morto - Morto Morto alegre! Na planície em que o lento caracol vagueia Quero eu mesmo cavar um buraco bem fundo Onde possam meus ossos repousar na areia Como a esqualo a dormir no pélago profundo Odeio o testamento e a tumba me nauseia Ao invés de implorar uma lágrima ao mundo Prefiro em vida dar aos corvos como ceia Os trapos que me pendem do esqueleto imundo Morto - Morto - Morto - Morto Morto alegre! Ó vermes! Vós a que não chegam luz ou ruído, Eis que vos toca um morto alegre e destemido Filhos da podridão, demiurgos do artifício, Vinde pois sem remorso ungir-me os membros tortos E dizei-me depois se ainda resta algum suplício A este corpo sem alma e morto dentre os mortos
3.
Gott Ist Tot 02:49
GOTT IST TOT Onde vocês vêem ideais Eu vejo apenas o que é humano Demasiado humano Demasiado humano Eu vejo apenas o que é humano O Deus que nós matamos Sangra diante de nós Sagrado sangrando Sagrado sangrando Sangra diante de nós Como vamos consolar A nós assassinos? E entre assassinos Quem limpará O sangue em nossas mãos? Não ouvimos o barulho dos coveiros Não sentimos da morte o cheiro Os deuses também apodrecem Deuses também apodrecem Não será este ato demasiado para nós?
4.
CARNE AINDA EM OSSO Corpo humano Estrutura social de muitas almas Nós deixamos cair pelo chão Pedaços de nós mesmos E gritamos Como crianças assustadas Nós gritamos "A vida é carne Ainda em osso Se contorcendo Sobre a Terra" Corpo humano Estrutura social de muitas almas Congeladas Em um presente que jamais passa Amedrontadas À mercê, à espera
5.
PERSONA NON GRATA A melancolia cresce em nós Como um planeta A se chocar com a Terra Nós perdemos o controle Diante o medo que nos cerca O desespero cresce em nós Como uma criança Que despenca da janela Nós perdemos o controle No vazio que nos cerca O caos reina Às vezes me sinto Em um Dogma 95 Filmado por uma Persona Non Grata Uma Ofélia pálida Que pelo rio é levada O desencanto cresce em nós Tentamos encontrar Nosso idiota interior Quando os três mendigos chegam O Desespero, o Sofrimento e a Dor O caos reina
6.
O LAR QUE A TEMPESTADE ENGOLIU Dorme um sono tão leve Que sonhar não consegue Desperta mais cansado que quando dormiu Levanta a cada aurora Pra juntar-se a quem não gosta A quem ignora de um jeito sutil Lê Freud, Baudelaire e Poe E como um verme que nas fezes entrou Acha o lar que a tempestade engoliu Volta novamente a dormir Na parede quadros de Dalí Enquanto outro sol o diabo já cuspiu E ao desconstruir seus demônios Ele está, acordado ou em sonho, Cruzando a mesma ponte onde uma multidão caiu Ele é meu rosto e o seu E uma piada de Deus Da qual ninguém riu
7.
O Não - Ser 01:34
O NÃO - SER Não somos nada Para além Do amém Do sincero Não - Ser Praticado E levado À perfeição Da feição Fatídica Diariamente Víbora e sínica Dentes a ranger Agressivo é Este quase Compulsivo Não-Ser
8.
MORTE ABSOLUTA Morrer sem deixar O triste despojo da carne A exangue máscara de cera Cercada de flores Que apodrecerão num dia, Banhada de lágrimas Nascidas menos da saudade Do que do espanto da morte Morrer sem deixar Porventura uma alma errante A caminho do céu? Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu? Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra A lembrança de uma sombra A lembrança de uma sombra Morrer! Morrer tão completamente Morrer tão completamente Que um dia ao lerem o teu nome Perguntarão: "Quem foi?" Morrer mais completamente Morrer mais completamente - Sem deixar sequer esse nome - Sem deixar sequer esse nome... Morrer!

about

Gravações independentes realizadas entre julho de 2017 e janeiro de 2018, na cidade de Juiz
de Fora, MG.

Poetisa Dissecada é:
Bira L. Silva (vocal)
Júlia Amorim (baixo)
Bernardo Falcão (guitarra)
Eduardo Vianna (bateria)

- Janeiro/2018 -

credits

released February 4, 2018

Ilustração da capa: John Millais
Design: Bira L. Silva
Produção: Bernardo Falcão (Estúdio do Dignatário)
Cordas: Bernardo Falcão (Estúdio do Dignatário)
Vozes: Maurício Ávila (Sunidos Estúdio)
Mixagem e masterização: Leandro Trombini

license

all rights reserved

tags

about

Poetisa Dissecada Juiz De Fora, Brazil

Banda formada em 2016, na cidade de Juiz de Fora, MG, com a proposta de criar um punk rock com influências de Post Punk e Deathrock, escrevendo músicas em português com temas sombrios, e buscando inspiração também na literatura e nas artes.

contact / help

Contact Poetisa Dissecada

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Poetisa Dissecada, you may also like: